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 Om Mani Padme Hum

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Fá de Virgem
Cavaleiro de Ouro
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Fá de Virgem


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Data de inscrição : 11/09/2015

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MensagemAssunto: Om Mani Padme Hum   Om Mani Padme Hum Icon_minitimeSeg Nov 30, 2015 10:10 pm

*Era noite. O céu estava salpicado de estrelas, que competiam para ver quem brilhava mais. A lua estava gibosa, mostrando apenas parte de seu esplendor no firmamento que se mostrava para a Grécia.

Mas a serviçal da casa de Virgem não notava nada disso. Ela perambulava pelos salões naquela noite, apesar da hora avançada sem conseguir dormir. Jaheel estava preocupada. E sua preocupação tinha uma causa raiz bem definida. A moça suspirava e mexia em seus cabelos com uma expressão aflita estampada no rosto.

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Esta expressão se intensificou quando Jaheel parou diante da porta que levava ao Salão das Árvores Gêmeas. E seus pensamentos foram longe. Recordou-se do dia em que seu mestre, o Sagrado Cavaleiro de Virgem voltara do Mundo Inferior. Ela nunca o vira tão tenso.

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Desde sua volta, o Santo entrara no salão das Twin Sae e ficara por lá, não se alimentando e nem bebendo, apenas estático na mesma posição. Mesmo agora, ele permanecia nela. Seus olhos, como sempre, fechados. A face serena.

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Mas ele estava imóvel há meses. Ele não comia, dormia ou mesmo tomava nenhum líquido há dois meses. Jaheel fora instruída a não interrompê-lo, mas estava ficando preocupada. Como um ser humano podia passar tanto tempo imóvel? Como alguém conseguia subsistir tanto tempo sem água? Jaheel olhava para dentro do Salão e suas inquietações. Foi quando ouviu passos lentos atrás de si e se voltou, apenas para ver que Saadi, o outro servo da casa se aproximava:*

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- Não consegue dormir novamente, Jaheel? Já é tarde. Você deveria estar descansando...

*A moça volveu os olhos para dentro do Salão mais uma vez e respondeu:*

- Ah, Namastê, senhor Saadi. *Ela suspirou* Eu entendo que deveria dormir, mas e o mestre? Não deveria também? Ele está aí há tanto tempo que temo pela sua saúde.

*O ancião não mudou sua expressão, apenas suspirou e disse:*

- Bem, já que não consegue dormir, que tal tomarmos um chá? Um chá quente sempre clareia as ideias...

*Jaheel, a contragosto seguiu Saadi até os aposentos internos da casa, onde ela mesma começou a preparar a infusão para ambos. Saadi se sentou em uma das cadeiras presentes no recinto e aguardou o chá ficar pronto.

Jaheel trouxe a bebida aromática e serviu o velho, para se servir logo após. Ela sabia que deveria se retirar para dormir, mas algo não a deixava descansar. Foi então que ela disse:*

- Talvez eu deva levar um pouco de chá para o mestre. Eu sei que ele disse para não interromper, mas...

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*O velho Saadi se manteve impassível até que ela mesma parou de falar e volveu os olhos para ele, que apenas sorvia o chá.*

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*Ela se manteve em silêncio, como se soubesse que dali viria alguma frase. Mas Saadi apenas disse:*

- Se você for até lá, vai interromper a meditação do mestre. Ele precisa dela para ver o que ainda está oculto de sua visão, Jaheel.

*A moça suspirou e, tentando manter a calma, disse:*

- Mas eu não entendo! Se ele enxerga pelo Dharma, por que precisa manter tanto tempo de meditação?

*Saadi então, pousou a xícara e olhou para Jaheel. E fez uma pergunta simples.*

- Jaheel, você sabe o que é “enxergar pelo Dharma”?

*A pergunta pegou a garota de surpresa. Pensando naquele momento, ela mesma repetira diversas vezes a expressão, mas no fundo mesmo sendo indiana, não sabia o significado dela. Envergonhada, ela admitiu isso:*

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- Não... Não sei, Senhor Saadi. Eu achei que ele enxergava as almas, via pelo mundo espiritual... Não é isso?

*Ela parecia incomodada por não saber algo tão inerente ao Cavaleiro de Virgem. Saadi, então se aprumou na cadeira. E então, disse:*

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- Não se preocupe. Muitos cometem o mesmo erro que você. Quando perguntam ao mestre como ele faz para se guiar sem os olhos, ele responde que ele se guia “pelo Dharma do mundo”. Esta frase claramente dá a entender que ele enxerga pelo plano espiritual, não é mesmo?

*Jaheel concordou com a cabeça, estupidificada.*

- Mas é muito mais do que isso. Privado da visão, o mestre aprendeu a ver o mundo físico com seu tato, ampliado graças ao dom de Atena de manipular o cosmo. Quando o mestre caminha, ele consegue sentir o vento em sua pele e o solo sob seus pés, além de ouvir os sons da natureza, aspirar os aromas e até mesmo apreciar os sabores do mundo.

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O que acaba sendo muito útil quando o mestre está cercado, dando uma visão um pouco melhor do que a nossa.

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Mas e para enxergar a natureza, melhor dizendo, as criaturas vivas, ele enxerga através do Dharma delas. O Dharma é o exercício de uma tarefa espiritual, mas também significa ordem social, conduta reta ou, simplesmente, virtude. Ou seja, Fá consegue enxergar a linha de conduta de cada criatura que olhe.

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Até mesmo de animais e plantas.

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Como o próprio Siddhartha Gautama, ele é capaz de enxergar pelo seu Dharma como está seu estado de espírito, se ele está se desviando da linha reta e agregando Karma ou se está indo em direção à roda dos Samsara. Ele é capaz de perceber se sua essência ou cosmo, como a nossa sagrada Deusa chama, possui retidão em suas ações e por ele, identificar como você está se sentindo. Em outras palavras, enxergar pelo Dharma é ver as intenções e o estado de espírito de cada pessoa pela aura que seu cosmo forma. Ele pode ver a cor, a forma e o brilho de seu cosmo e com isso dizer exatamente como você está ou como você é.


*Jaheel ficou bestificada. Então, era assim que ele via? Era isso que ele enxergava? A aura do mundo? Sua cabeça começou a rodar e ela se apoiou na mesa, subitamente compreendendo. Era por isto que ele estava meditando:*

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– O mestre está tentando... Enxergar o Dharma do nosso inimigo?

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– Precisamente...

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*Então, Jaheel tinha entendido o que ele estava fazendo? Já não era sem tempo, pensou o virginiano enquanto se concentrava para prosseguir com a tarefa.

Que não estava sendo nada fácil. Primeiro a energia do inimigo se fizera presente, mas agora era como se lhe escapasse, por mais que procurasse. Ele precisava de um ponto energético para fixar sua percepção, precisava achar algo que ainda não vira. Alguma coisa que o ligasse ao exterior, para que pudesse rastrear o inimigo. Talvez se achasse Kairn Nairn, ele poderia levá-lo até o escaravelho. Com efeito, ele havia sido o único a tocar um deles. Seu cosmo deveria ter alguma marca, algo que Fá pudesse seguir.

Foi então que nestas conjecturas seus sentidos captaram algo. O cosmo na casa de gêmeos, o que subia as doze casas. Aquilo... Era Kairn Nairn? Não... Era diferente.

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Definitivamente era diferente. Mas sua semelhança era visível. Ele deveria saber. Afinal, ambos tinham tido o direito de envergar a armadura de gêmeos. Somente se seus cosmos fossem similares, mas inversos, é que ela poderia utilizar a armadura. Claro, sempre tinha sido assim. Só restava entender de onde vinha a fúria que ardia nela. A face dela era diferente da de Kairn Nairn. Seria por isto então que não notara de pronto? Seria por isto que não percebera que a dádiva e maldição da constelação de Gemini se abatera mais uma vez sobre um par de irmãos?

Om Mani Padme Hum Luanny

De qualquer forma, era o que ele precisava. Com aquela ressonância, ele podia localizar Kairn Nairn. Com aquele cosmo similar, poderia localizar o dele tendo um modelo no qual se espelhar. E então, começou a procurar. Apurou seus sentidos no rastro do cosmo de Kairn Nairn. E então, teve um vislumbre.

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Era isso! Tinha achado! Mas... O que estava acontecendo?

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Aquele era Kairn Nairn, mas parecia diferente. E antes que Fá pudesse ver o Dharma do ambiente à volta do irmão Cavaleiro, algo se avolumou e cresceu:


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- Que poder é esse? Eu não entendo! Aquela mancha que eu via no cosmo dele... O que é isso?

*Foi como ser estilingado em direção a um horizonte de eventos. Aquilo que tinha visto era poderoso em nível de expulsá-lo para longe, quebrando momentaneamente sua meditação. Fá manteve a concentração, mas tudo o que viu foi uma sombra se avultar em direção ao santuário. Não era Kairn Nairn. Como ele suspeitava, era com o que ele tinha tido contato. A sombra cresceu e tomou forma, estendendo uma gigantesca mão em forma de garra, que se fechou em torno de uma esfera azul. Esfera essa que Fá conseguia ver o Dharma. A Terra.

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Era esse o Dharma de seu inimigo. Destruir o mundo. Mas quem era ele? Fá volveu a cabeça e percebeu que estava de volta ao Salão das Twin Sae. Olhando para cima, viu que agora o sol se erguia no céu. Sentia o Dharma dos cavaleiros se aproximando e o cosmo de Luna fraco. Eles tinham voltado. Tinha ficado três meses meditando, procurando uma resposta. E saíra com uma pergunta maior ainda. Mas não havia tempo a perder. Por que o Grande Mestre e Atena precisavam saber disso.*
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