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 Fá, O Santo Dourado de Virgem

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Fá de Virgem
Cavaleiro de Ouro
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Fá de Virgem


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Data de inscrição : 11/09/2015

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MensagemAssunto: Fá, O Santo Dourado de Virgem   Fá, O Santo Dourado de Virgem Icon_minitimeDom Dez 20, 2015 2:18 am

Nome: Han Fá (Han sobrenome)
Idade: 25 anos.
Local de Nascimento: China, Arredores de Beijing.
Afiliação: Han Zhao e Pali Ila.
Armadura: Armadura De Virgem.
Título: Santo De Athena, O Olho que Tudo Vê.
Mestre: Peng Weng Ji.
Pupilos: Empéiros de Raposa.
Local de Treinamento: Todo o perímetro da China, maior foco em Lhasa, no Tibet.

Características Físicas: Fá possui os cabelos longos e dourados, totalmente lisos, que chegam até o final de suas costas quando soltos. Normalmente quando está sem as vestes sagradas de Athena, o monge os mantêm presos em uma única e grossa trança com três presilhas negras. Seus olhos estão sempre fechados e ninguém sabe dizer de que cores eles são. A pele do Cavaleiro de Virgem é queimada de sol, mas ainda sim possui um tom claro e delicado, o que a deixa com uma aparência forte, porém marcada pelo tempo. Seu corpo é esguio e enxuto, alto para os padrões de sua terra (Fá mede 1,80M), não tendo músculos demais, porém os poucos que têm são definidos e firmes, resultados de um extenso treinamento marcial. No geral, sem a vestimenta sagrada de Virgem, Fá tende a se vestir com vestes simples, como um chapéu circular de palha para o caso de sol, um quimono com mangas largas de cor azulada, atado com um simples cordão de sisal na cintura, sandálias negras e um bordão que usa para auxiliar enquanto caminha. Sempre no pescoço ou atado a um de seus braços, ele carrega seu rosário Mala, amuleto protetor com grande ligação espiritual.

Características Psicológicas: Fá é um homem calmo e tranquilo, preferindo se calar a falar. Observa a todos atentamente e sempre sonda o ambiente antes de dizer algo. Quando o faz, fala de forma clara e límpida, com um tom de voz sempre controlado. Dificilmente perde a paciência, pois aprendeu a cultivá-la em seus anos de peregrinação. Bondoso, faz sempre o seu possível para ajudar quem precisa e é leal as pessoas com quem cria um laço de amizade. Sorridente e disposto, sempre têm um provérbio ou ensinamento na ponta da língua para ajudar alguém. Porém, quando as voltas com algo de natureza maligna ou prejudicial ao mundo, à Athena ou as pessoas em quem confia, Fá mostra uma face impiedosa, punindo e até mesmo matando sem hesitação. Encara sua devoção a Buda e Athena como algo máximo e ouvir alguém questionar sua fé ou fazer troça dela é uma das poucas coisas que tira o monge do sério.

HABILIDADES

Graças ao seu treinamento, Fá entoa mantras para liberar seu cosmo e desprender seus ataques. Cada uma de suas habilidades e técnicas necessita de prévias palavras de ativação.

Habilidade I

Nome: Kunku (Privação).
Tipo: Básica, Cósmica.
Descrição: Fá se absteve de um de seus sentidos após sua árdua peregrinação pela China. Ao perceber aos pés do templo que podia enxergar mesmo de olhos fechados, para entrar em melhor contato com o Dharma, Fá cerrou seus olhos para não mais abri-los, criando um tabu, que é uma instituição de fundamento religioso que atribui caráter sagrado a determinados seres, objetos ou lugares, interditando qualquer contato com eles. No caso, seus olhos são considerados sagrados a ele mesmo, por ser seu vínculo direto com Acalanatha e Athena.

Ao se privar de sua visão, sentido que permite enxergar e notar com percepção sensorial o ambiente ao seu redor, Fá é capaz de converter em cosmo-energia o desgaste corporal que seria utilizado para manter aquele sentido ativo, percebendo o ambiente através do Sheng Hui (Sétimo Sentido).

O caminho inverso também é válido. Caso deseje, Fá pode abrir seus olhos, liberando de uma só vez toda cosmo-energia acumulada com a privação de visão, ou abrir por alguns instantes os olhos, liberando uma quantidade de cosmo-energia por segundo que mantiver seus olhos abertos. Uma vez que passe um minuto inteiro com seus olhos abertos, o tabu se quebra. E quebrado o tabu, Fá deve voltar a cerrar os olhos por um longo período (cerca de um ano) para que a cosmo-energia possa voltar a ser acumulada.


Palavra de Ativação:Kunku!

Habilidade II

Nome: Ōhm (Meditação).
Tipo: Básica, Mental.
Descrição: Consiste em um mantra que Fá utiliza para intensificar a sua cosmo-energia e expandi-la. Sua função basicamente é atingir o alvo e o afastar das proximidades (cerca de trinta metros) pela irradiação provida pela energia do Cavaleiro. Porém, sua principal função é ser usada em conjunto, antecedendo outras das técnicas de Fá, ampliando o raio de alcance e o poder de ação das mesmas.

Palavra de Ativação: Ōhm!

Habilidade III

Nome: Kahn (Imobilidade Divina).
Tipo: Básica, Física.
Descrição: Ao emprega-la, o cavaleiro de Virgem cria uma poderosa parede esférica de cosmo-energia que envolve o seu corpo em todos os pontos, protegendo-o por inteiro do ataque inimigo. Técnica absolutamente defensiva, o Kahn é uma invocação de um deus hindu homônimo à técnica. Caso Fá deseje, ele pode proteger outras pessoas com o Kahn, desde que estas estejam atrás do monge (suas costas) e não quebrem a concentração do mesmo.

Palavra de Ativação: Kahn!

HISTÓRIA


- Corra, Fá! Você está me ouvindo! Corra!

Era o apelo de Ila ao seu filho de seis anos, Fá. Ao fundo, era possível ouvir sons de gritos, disparos de armas de fogo e barulho de mata sendo partida com violência.

Sem saber o que fazer, Fá olhou confuso para Ila e disse:

- Mãe... Eu não vou abandonar você! Não vou deixar você para trás!

- Confie na sua mãe, Fá! – Disse ela, tocando a testa dele com a sua. Enquanto isso, seu pai havia ido em direção ao barulho e desaparecera na mata. – Existe um lugar onde você estará seguro. Um lugar que fica nas montanhas, além da mata e do deserto. Lá você estará bem, e terá respostas para tudo. Encontre este lugar, filho. Chama-se Lhasa e fica no Tibet. Fica naquela direção.

Fá ouviu a mãe e o medo falou mais alto. Ele saiu correndo, lembrando-se das palavras da mãe e decidiu que lá chegaria. Mas ele não tinha noção de onde estava, tinha noção apenas da direção que lhe tinha sido indicada e nela seguiu.

Moravam em um humilde casebre, em uma floresta de bambus nas proximidades de Beijing. Fá não sabia a origem do ataque e nem quem eram os perseguidores de seus pais. Não sabia sequer que seus pais tinham perseguidores.

Assustado, Fá seguiu na direção que sua mãe havia indicado. Correu durante horas, sem parar, olhando em volta. Às vezes parava, mas ouvia algum barulho e assustado, julgando que os perseguidores estavam em seu encalço, voltava a correr.

Até, exausto, parar as margens de um córrego. Olhou seu reflexo. Tinha cabelos claros, de um tom louro esbranquiçado, herança de sua mãe. Sua pele era clara, e apesar de ter sido arranhada e machucada pela floresta, continuava bonita. Com traços que misturavam o da mãe e o do pai, dando um rosto firme, mas ao mesmo tempo delicado, diziam-no que era bonito. Mas nada disso importava agora. O menino enfiou o rosto na água, bebendo até engasgar. Estava com muita sede, tinha corrido até o amanhecer. Olhou para o céu, ao notar que amanhecera e prestou atenção aos sons.  Não ouviu nada na mata que não fossem dos animais e então, finalmente, caiu em prantos. Chorou até perder as forças e cambaleou. Seus pés, feridos, não conseguiam avançar mais. Mesmo assim, tentou, até cair de gatinhas, e logo depois começar a se arrastar. O córrego não ficara muito para trás, mas ele não conseguia retroceder até a água. Desmaiou certo de sua morte.

- Você está bem? Menino... Você está bem?

Acordou com uma voz suave, mas aguda, mostrando que quem falava com ele era uma criança. Sua visão estava embaçada, não enxergava direito. Tentou sentar-se, inutilmente. Esperou que sua visão entrasse em foco e viu uma garota de pele um pouco mais escura que a sua, vestida com andrajos. Ela lhe explicou que sua família tinha encontrado Fá no meio da floresta quando ia pegar água, balbuciando algo. Ele então compreendeu que havia sido trazido até ali. Ainda sentia cansaço e tontura, e mesmo querendo levantar, teve que ficar deitado naquela tarimba se alimentando de uma sopa rala que lhe traziam e chorando pelo incidente que passara. Durante um tempo que não soube calcular, ficou ali. Talvez horas, talvez dias seguidos.

Quando finalmente se sentiu forte, ergueu-se e andou pela casa. A criança fez festa quando o viu andando e correu para gritar a uma velha senhora que o menino estava bem.

A velha senhora então o abraçou e sorriu para ele:

- Que bom que se recuperou, garotinho. Eu sou Baba, é essa aqui é a Sen. E você, como se chama? Quer comer alguma coisa gostosa...?

Fá fez que sim com a cabeça. Agora estava plenamente recuperado, mas as memórias ainda pesavam em sua cabeça. Então, depois de algum tempo, com a voz fraca e rouca, ele disse:

- Fá... Eu sou Han Fá...

- Ah, Fá! Que nome bonito! Vem, coma alguma coisa...

O menino ficou naquela casa durante algum tempo. A velha senhora e sua neta eram gentis, vítimas do mal que assolava o mundo, como todas as outras pessoas daquela região. Ele notava que os grupos saiam para caçar, no intuito de trazer comida, mas nem sempre conseguiam. Mas apesar de tudo, era bom quando todos voltavam e sorriam. E enquanto os caçadores caçavam as pessoas que ficavam preparavam remédios, ataduras e adiantavam as coisas para a coleta da comida trazida. Todos se ajudavam o que mesmo naquela região desolada, fazia com que o povo tivesse uma vida decente. Fá aprendeu ali naquele povoado o significado e a importância de auxiliar o próximo, e entendeu que sua mãe tinha se sacrificado para ajudá-lo. Então decidiu partir.

Perguntou então, um dia para Baba:

- Baba? Para que direção fica ao Tibet?

A velha, sem entender muito bem a pergunta, o instruiu:

- Naquela direção, olhe sempre para as montanhas mais altas e saberá que está chegando. Por quê?

Fá lhe contou a história do incidente e Baba então disse:

- Faz mais de um ano que está aqui, Fá. Se acha que está na hora de partir, como adulta, eu não deveria permitir. Mas entendo que se eu não o fizer você vai por conta própria. Então vá criança, siga seu destino, e que Acala o proteja.

Aquela era a primeira vez que ouvira aquele nome. Acala. Mal sabia ele que seria um dos nomes mais importantes de sua vida.

Então, ele partiu. Com um cantil cheio de água fresca, algumas frutas secas para comer durante a viagem, ele seguiu cheio de esperanças.

E foi atirado no mar do desespero.

Depois de caminhar por alguns dias, encontrou na trilha um homem, que sem motivo aparente, o agrediu e tomou dele suas frutas. Por sorte, o homem não levou a água, o que deixou o menino um pouco aliviado, mas não por muito tempo. Percebeu que durante o breve embate, perdera a visão das montanhas. Correu, tentou subir em uma árvore e viu uma colina. Satisfeito, acreditando que achara o caminho, correu naquela direção.

Sem saber, o garoto iniciara um caminho quase sem volta. Ele entrara nas margens do Deserto de Gobi. Por aquele lugar, a água que Fá trazia se esvaiu como que por encanto. Não havia se passado nada do tempo e toda sua água havia se ido. Ele parara para descansar o que parecia ser uma dezena de vezes, e nunca via a paisagem mudar. Durante os dias sentia um calor corroer o seu corpo. As noites faziam seus ossos congelarem. E a montanha que vira era apenas mais uma das milhões de dunas que permeavam o local.

Afinal, como já era de se esperar, caiu. Zonzo com a aridez do local, pelo sol que batia a pino em seu pescoço, desmaiou de cansaço mais uma vez, mesmo depois de um ano. Com um sorriso, ele pensou que pelo menos tinha ido mais longe, em nome da sua mãe e de seu pai antes de morrer e decidiu que desta vez, iria se encontrar com eles mais rápido.

Mas novamente, ele acordou. Estava em uma tenda, protegido do calor. Parecia noite, mas não estava tão frio. A sua frente, um homem de traços carregados e barba espessa encarava o menino. Sentou-se um pouco zonzo. Estava entre o povo Barga, um povo nômade mongol que vivia no deserto de Gobi. Novamente, tinha sido achado e salvo. E Fá começou a questionar se aquilo seria uma coincidência.

O senhor que o achara cuidou dele e logo, o menino estava incorporado à comitiva. Shang, o líder da comitiva, se identificou com Fá e começou a conversar muito com ele. Tratava o garoto como seu filho, e pela primeira vez em um ano, Fá se sentiu em casa.

O povo Barga era tranquilo, mesmo tendo seus rompantes de fúria, gerando discussões internas bem acaloradas. E mesmo vivendo de privação, eles encontravam paz para seguir em frente.

Foi quando Fá teve seu segundo contato com Acala e descobriu o que ele significava. Encontrou Shang orando um dia e perguntou a ele o porquê Shang fazia aquilo.

E Fá aprendeu sobre Acala, e aquele nome o tocou profundamente. Ele entendeu o que o salvara e por que já encontrara duas pessoas que citaram este nome e em condições iguais. Era um chamado.

E ele o abraçou. Aos dez anos de idade, Fá se tornou seguidor de Acalanatha.

Naquele dia em diante, todos os dias ele orava a Acalanatha. Shang deu para o menino um rosário Mala, negro, feito de osso entalhado, que o menino carregava sempre.

Algum tempo depois, em uma cidade que a comitiva parou, aconteceu outra fatalidade: Um homem de algum tipo de facção terrorista ou o que quer que fosse atacou a cidade armado. E no meio da confusão, Fá se perdeu da comitiva. Porém, desta vez entendeu que estava sendo testado por Acalanatha e não se abateu.

Permaneceu na cidade, vivendo de pequenos serviços, mas sempre ajudando as pessoas, como tinha presenciado nas duas vezes que fora acolhido. Ainda não entendia porque, mas sabia que tinha que ser assim. E assim foi, por mais alguns anos.

Um dia, enquanto ajudava uma pobre senhora com suas roupas, encontrou em seu caminho um homem de cabeça raspada. Aquele homem estava em um lodaçal, tentando pegar um escorpião que ali estava, mas toda vez que o fazia, o escorpião o picava.

Fá se aproximou e tentou ajudar o homem, dizendo:

- Ei, senhor! Pare de tentar pegar esse escorpião! Ele está picando você!

Calmamente, o homem se voltou para Fá com gentileza e respondeu:

- Picar é a natureza dele. Isto não vai mudar a minha, que é ajudar.

Fá viu o homem retirar o escorpião do lodaçal com uma folha e lentamente se afastar. Mas o rapaz ficara fascinado pela filosofia, que batia muito com o que Sheng o ensinara e seguiu o homem.

Perguntou a ele de onde vinha e o homem lhe respondeu:

- Venho de Lhasa, no Tibet.

Fá arregalou os olhos. Agradeceu a Acala mentalmente e disse:*

- Eu quero ir para lá, como faço para chegar?

O homem lhe indicou a direção e disse:

- Eu não posso acompanhá-lo, rapaz. Mas entendo que você tem um caminho a percorrer até lá. Siga nessa direção e sempre que estiver para se perder, ore. Ore com vontade e ele lhe indicará o caminho.

Fá agradeceu profundamente e na manhã seguinte partiu. O rapaz ia caminhando pelo deserto, seguindo com afinco a direção indicada. Até que uma tempestade de areia se interpôs em seu caminho e logo, a areia nublou seus olhos.

Mas desta vez, Fá não se sentiu incomodado. Apenas se sentou no meio da tempestade e começou a orar com vontade, de olhos fechados. Lembrou-se de sua vida e entendeu que precisava transcender seus próprios limites. Entendeu que tinha uma missão de vida, e que chegar ao Tibet era mais do que só honrar sua mãe. Pela primeira vez, via o caminho. Mesmo na tempestade de areia, mesmo com os olhos fechados, era como se visse uma linha luminosa que lhe indicava a direção.

E então, como Acala lhe mostrava o caminho, mesmo estando de olhos fechados, Fá não mais os abriu. Tinha quatorze anos nesta época, quando terminou de sair do deserto de Gobi. Encontrava cidades no momento em que suas forças estavam ao limite e sempre conseguia reabastecer o que precisava para continuar peregrinando. Caminhou desta vez, sem hesitação até certa região. Sabia que estava indo para onde precisava ir, não para onde queria ir. Entendera, ao longo destes anos, a diferença entre as duas coisas e aprendera a respeitar os caminhos que Acala lhe punha a frente.

Mas mesmo assim, ainda era humano e exausto, chegou aos pés de uma grande montanha. Ergueu a cabeça e sentiu a vibração das pedras, ouviu ruídos da região e a memória de sua mãe voltou vívida à sua mente. Ajoelhou-se aos pés da grande montanha e começou a orar e a derramar prantos. Chegara ao seu destino.

Estava cansado, mas sabia que Acala o levaria montanha acima. Então, se pôs a orar aos pés da montanha. Orou até não ter mais forças, até seu corpo emagrecer e mostrar seus ossos. E finalmente, sorriu, deixando-se desmaiar. Chegara, então, já podia encontrar seus pais.

Foi então que um monge, que voltava ao templo em Lhasa, viu o rapaz desmaiado, em posição de oração com o rosário Mala e rapidamente o levou montanha acima. Sussurrou ao ouvido de Fá: “Tudo bem, irmão. Está em casa. Você chegou”.

Neste momento, Fá se viu em um lugar diferente. Um ambiente todo azulado, com reflexos dourados que se sobrepunham a todas as coisas. Ele via as mesmas linhas que o tinham guiado até o templo e via rostos azuis e dourados.

E ele viu Acala. E ao seu lado, uma bela mulher de cabelos castanhos e olhos cinzentos. O rapaz não entendia, mas ficou fascinado ao ver Acala e a outra mulher que ainda não conhecia.

Acala então proferiu palavras. Palavras que Fá não se esqueceu:

- Han Fá, você chegou ao seu destino, mas não ao seu objetivo. Aqui será local de treinamento, e de evolução. Você tem por sagrada missão proteger a Terra.

Então a mulher pôs-se a falar:

- Eu o mantive firme para que pudesse chegar até esta localidade. É aqui que você encontrará seu reforço, seus trajes, seu cajado espiritual. Você será aquele que caminha por mim sobre a Terra, aquele que junto a mim, auxilia a todo e qualquer ser vivente. Você será aquele que fala de mim e por mim, Han Fá. Você será servo de Atena. Venha até mim quando as estrelas lhe indicarem.

Fá apenas curvou sua cabeça, em sinal de subserviência a ambas as divindades. Para ele, ver ambos lado a lado tinha um significado. Que tanto Acala quanto Atena protegiam e ajudavam as pessoas. Não importava o que as religiões pregavam. Ele tinha visto as duas divindades.

Então, abriu seus olhos. Um monge velho o observava e sorria. Ele então, disse:

- Depois de voltar do Dharma, seu corpo se tornou mais forte, irmão.

Ao olhar em volta, Fá percebeu que o quarto estava bagunçado, como se um tufão tivesse arrastado todas as coisas para longe. Foi então que entendeu: Sua energia havia lançado longe dele todas as coisas materiais. Acala estava com ele, permeando seu corpo. Ele tinha sido reconhecido, ido ao Dharma e voltado. Decididamente era agora um Arahant, tinha passado por todos os estágios da iluminação. Saber aquilo não o surpreendeu ou intimidou apenas lhe deu alívio.

Aquele homem a sua frente, Peng Weng Ji, foi responsável por todo o treinamento místico e físico de Fá durante sua estada no templo de Lhasa. Lá, estudou, treinou e aprimorou suas habilidades, se tornando verdadeiramente um monge.

Uma bela noite, enquanto olhava as estrelas, viu que algumas brilhavam e sumiam e então, decidiu que estava na hora de conhecer Atena. Agradeceu a todos e se preparou para mais uma viagem.

Esta transcorreu sem problemas até as proximidades de Beijing, quando Fá viu um homem sendo ameaçado por outro, que estava armado. Era um guarda da milícia, um homem que capturava pessoas infiéis à religião do imperador.

Sem sequer pensar, Fá se pôs entre o homem armado e o outro, dizendo:

- Largue esta arma! Não machuque este pobre homem!

O outro armado argumentou que aquele o havia ofendido com sua religião e ele poria um fim na vida dele. Fá então disse:

- Então atire em nós dois. Não permitirei que você o mate enquanto eu viver.

E o homem puxou o gatilho. Mas para sua surpresa, a bala encontrou um traje dourado que automaticamente revestiu o corpo de Fá. Ele entendeu que aquele era o reforço, o cajado espiritual que Atena lhe falara. Uma bela armadura reluzente, que não pesava e que não restringia seus movimentos. Fá sorriu e então disse:

- Largue a arma e se vá.

O homem correu e o outro o agradeceu. Fá apenas sorriu e continuou seu caminho. Logo, chegou ao porto e conversando com um dos marinheiros, encontrou um navio que migraria até a Grécia. Lá, apenas guiou-se pelo Dharma, caminhando pelos vastos campos gregos. Agora entendera que peregrinara para este momento. Que peregrinara para encontrar Atena.

Seus passos se tornaram firmes e logo, ele notou os arredores de Rodorio. Então, sentou e começou a rezar.

- Acalatabha... Ohm... Ohm... Ohm... Ohm... Acalatabha... Ohm... Ohm... Ohm... Ohm...

Os olhos, fechados. A expressão, serena. O movimento do corpo, inexistente. Seus lábios se moviam lentamente, quando seus dedos polegar e indicador da mão direita percorriam as contas de um longo rosário negro. A mão esquerda estava estática, erguida na altura do tórax, com o polegar e o indicador unidos pelas extremidades e os demais dedos em riste. O som que saía de seus lábios era um sussurro breve, mas cheio de fervor.

Iniciou seu Sotapanna, sua harmonização, canalizando sua energia para o fluxo de entrada no Dharma (mundo espiritual budista).

O homem que orava estava sentado diante de um lago, naquele pôr do sol alaranjado, contemplando o vazio da sua mente. Inspirou profundamente o ar a sua volta, como se desejasse absorver a natureza ao seu redor, olhou para o fundo de sua alma. Via e contemplava sua própria iluminação, tentando ritmar seus movimentos respiratórios com a força da natureza ao seu redor.

Passando o Sotapanna, se manteve nele. Inspirava profundamente, olhando para dentro do espelho de sua alma.

Uma leve brisa tomou conta da relva a sua volta, e lentamente, começou a se erguer em torno do homem. A brisa ergueu-se, perturbando seus cabelos longos e louros e os erguendo, formando uma espécie de mandala em suas costas. Suas vestes de corte simples exibiam um físico trabalhado, mais pelo tempo de peregrinação do que pelo exercício. Em seus pulsos, uma sinuosa cicatriz percorria o caminho até seus cotovelos. A face, apesar do jovem, parecia contar muitas histórias. O vento se tornou mais forte e então, o homem abriu seus olhos, que eram de um azul profundo.

Então iniciou a volta de seu fluxo energético, iniciando o Sakadagami.

De um súbito, foi como se o vento tivesse sido soprado para uma única direção, mas logo as folhas se curvaram, como um redemoinho tendo o monge como epicentro.

Ele se ergueu lentamente e sorriu. Vira a garota, a menina adolescente que lhe aparecera em sonhos e que agora tinha conhecido a sua frente. Eles haviam se tocado no Dharma (mundo espiritual budista) e ele sentia uma grande proximidade com ela. Então, olhou para o céu e com um sorriso, notou que as estrelas já se erguiam. Encarou Virgus por um momento e então, disse, em uma voz serena e carregada de paz.

- Atenatabha...

Fá, o agora monge que estivera meditando, seguiu seu caminho, seguindo aos caminhos de pedra que levavam ao Santuário. Afinal, ela precisava dele próximo. Para poder fazer por aquela gente o que se propusera anos antes: ajudar o mundo com seu dom.



TÉCNICAS


Técnica I

Nome: Qian Chi (Kidou - Caminho Espiritual)
Tipo: Básica, Cósmica.
Descrição: Fá aprendeu a canalizar seu cosmo em mantras diferenciados que causam efeitos. Os mantras são chamados de Qian Chi ou de Kidou e basicamente são técnicas simples de desprendimento de cosmo para um efeito. Existem três tipos principais de Qian Chi: técnicas de aprisionamento (Bakudou), destruição (Hadou) e Cura (Tendou). Técnica de aprisionamento é uma categoria geral que se refere a tudo designado a fim de impedir ou dissuadir um inimigo. Técnicas de destruição referem-se a tudo designado especificamente para prejudicar o inimigo. E técnicas de cura simplesmente curam seus companheiros, física ou espiritualmente. Fá gasta seu cosmo para usar o Qian Chi e um pouco mais para sustentá-lo, se isto se fizer necessário.

Os Qian Chi são:

1. Sai (Obstrução)
Tipo: Bakudou
Efeito: Com este Qian Chi, Fá é capaz de paralisar os músculos do alvo, de modo que ele fica incapaz de se mover. Um pouco de cosmo é necessário para se libertar. Cavaleiros de Bronze ficam presos até conseguirem uma explosão cósmica suficiente para quebrar o Qian Chi. Cavaleiros de Prata o fazem com mais facilidade e mesmo cavaleiros de ouro sofrem seus efeitos, mas conseguem se livrar com facilidade. Como o gasto de cosmo de Fá é mínimo para esta habilidade, o de um cavaleiro de ouro para se soltar também. Uma vez que o alvo se solte, Fá precisa executar o Qian Chi novamente para prendê-lo uma segunda vez.


Palavra de Ativação: Qian Chi: Sai!

2. Sansai (Obstrução tripla)
Tipo: Bakudou
Efeito: De forma semelhante ao Qian Chi Sai, Fá é capaz de paralisar os músculos do alvo, mas desta vez dentro de uma área com um alcance de 30 metros. Da mesma forma que descrito acima, um pouco de cosmo é necessário para se libertar. Neste caso, Fá pode sustentar o Qian Chi, mas se o alvo (ou alvos) vencer o cosmo empregado no uso do Qian Chi, pode se soltar e Fá tem que executar o Qian Chi novamente para prendê-lo uma segunda vez.

Palavra de Ativação: Qian Chi: Sansai!

3. Shou (Verdade)
Tipo: Hadou
Efeito: Fá consegue criar uma rajada de ar pressurizado que empurra o oponente para longe sem causar muitos danos, apenas o afasta.
Novamente, como em todos os Qian Chi, um oponente do mesmo nível de Fá resiste ao empurrão, mas precisa se concentrar para não voar longe.


Palavra de Ativação: Qian Chi: Shou!

4. Shinjitsu no Mai (Dança da Verdade)
Tipo: Hadou
Efeito: Um poderoso tornado é lançado a partir de Fá contra o oponente. Da mesma forma que o Qian Chi Shou, Fá consegue criar uma rajada de ar pressurizado que empurra o oponente para longe sem causar muitos danos, mas desta vez em uma área de 3 metros tendo o cavaleiro de virgem como epicentro. O efeito acaba rápido, mas o vento é forte o bastante para erguer vários oponentes de uma só vez.

Palavra de Ativação: Qian Chi: Shinjitsu!

5. Shinoten no Hīringu (Cura do Shitonen)
Tipo: Tendou
Efeito: Fá consegue tocar o Shinoten do alvo e enviar seu cosmo para auxiliar da recuperação deste. Ao tocar o Shinoten, ele restaura a energia e a força cósmica do alvo. Dependendo do estado físico do alvo, Fá precisa manter o Qian Chi e prosseguir o tratamento até que o alvo se cure. É um Qian Chi mais arriscado, pois consome o cosmo do cavaleiro de virgem até a plena restauração do alvo.


Palavra de Ativação: Qian Chi: Hīringu!

5. Barugo no Gisei (Sacrifício da Virgem)
Tipo: Tendou
Efeito: Esta é a habilidade de cura mais forte de Fá. Ele precisa se concentrar plenamente e gastar quando cosmo seja necessário, mas consegue reestabelecer as condições físicas e energéticas de todos em uma área de 10 metros. Dependendo do estado físico dos alvos, Fá precisa manter o Qian Chi e prosseguir o tratamento até que os alvos se curem. É um Qian Chi ainda mais arriscado que o anterior, pois consome o cosmo do cavaleiro de virgem até a plena restauração dos alvos, o que pode levá-lo à plena exaustão, ou até mesmo à morte, dependendo do nível das feridas.


Palavra de Ativação: Qian Chi: Gisei!

Técnica II

Nome:
Tenma Kōfuku (Rendição Divina)
Tipo: Básica, Física.
Descrição: Fá concentra sua cosmo-energia e libera-a contra o adversário. Durante a execução do golpe, uma imagem de Acalanatha se forma pela cosmo-energia do cavaleiro de virgem às costas do mesmo e brande sua espada e corda em direção ao oponente, lançando uma onda de cosmo condensada e destrutiva.

Palavras de Ativação: Tenma Kōfuku!

Técnica III

Nome: Rikudō Rinne (Ciclo das Seis Existências)
Tipo: Básica, Física, Mental.
Descrição: Devido a um extenso treinamento em exorcismo, Fá desenvolveu a técnica de extração de alma: Com um golpe de cosmo-energia, Fá é capaz de retirar a alma de seu oponente de seu corpo. A cosmo-energia de Fá se espalha pela área de ataque (normalmente abrangendo trinta metros) e atinge diretamente o espírito do oponente.

Porém, como servo de Buda, Fá pode enviar a alma para um de seis reinos do Samsara, fazendo com que a mesma se perca neles, levando um tempo para voltar, que pode variar de segundos à eternidade. Quando volta, seu corpo paga o preço pela viagem, recebendo efeitos. Porém, existe uma característica nesta técnica: A pessoa que a recebeu pode escolher para qual reino será enviado. Dependendo do reino para o qual a pessoa decidir ir, o efeito do golpe é diferente, mas pode ser desde um trauma cerebral até mesmo a morte.
Observação: Se o alvo por algum motivo não tiver alma, ele é enviado diretamente do reino de onde veio.


Os reinos são:

Jigoku-kaiO Reino do Inferno: Os que são mandados para lá são aqueles que cometeram atos terríveis. O local possui "oceanos de fogo, poços de sangue, montanhas de agulhas e um milhão de outras torturas ao seu corpo, mente e espírito". Aqueles enviados para este reino sofrem dores indescritíveis. É um mundo de "medos após medos, de medos intermináveis".
Efeito ao escolher o inferno: Dores excruciantes por todo corpo, dificuldade de mobilidade, tremores e espasmos violentos.


Gaki-kaiO Reino dos Espíritos Famintos: Local onde todas as almas, incluindo a do adversário sentem grandes privações e fome, nunca a tendo saciada. Todos os corpos são esqueléticos, a exceção das barrigas, que crescem, até o espírito vomitar, sem nunca se sentir satisfeito. Todos os que são enviados para lá acabam por recorrer ao canibalismo e sofrer do mesmo mal.
Efeito ao escolher os Espíritos Famintos: Catatonia temporária ou permanente (dependendo da mente do alvo) garganta seca (dificuldade para emular golpes que dependam de explosão vocal) e cansaço extenuante.


Chikushō-kaiO Reino das Bestas: Local onde as almas são transformadas em bestas. O lugar funciona exatamente como o mundo silvestre, com a diferença que o oponente que experimenta deste reino se torna uma besta também e precisa sobreviver. Neste reino, prevalece a lei do mais forte.
Efeito ao escolher as Bestas: Fúria incontrolável (não distingue aliados de inimigos atacando a todos), perda de memória, raciocínio lógico e coerência. Luta até ser dominado ou desacordado.


Ashura-kaio Reino Asura: O reino da luta. Um mundo imerso em um conflito eterno, onde os guerreiros se enfrentam eu um combate mortal sem um segundo de trégua. Ali, todos nasceram e morreram para o combate e lutam até suas almas se esvaírem por completo.
Efeito ao escolher o Asura: Os mesmos do reino das bestas, com a exceção de que luta até sua morte.


Jin-kaiO Reino dos Humanos: Um reino no qual não há nenhuma estabilidade emocional. Felicidade, ódio e tristeza se misturam com grande desespero. Não há bem ou mal; apenas um emaranhado de emoções e dores emocionais extensas.
Efeito ao escolher os Humanos: Bloqueio do cosmo e perda temporária de memória, que podem durar até a força de vontade de o oponente superar o golpe de Fá.


Ten-kaiO Reino do Paraíso: Um reino de descanso, paz e tranquilidade. Aqueles que são enviados para lá, se jogarem fora seu espírito de combate, nada sentem com a técnica e saem ilesos dela. Porém, qualquer pensamento agressivo, rancoroso ou combativo é suficiente para jogar o oponente no reino dos espíritos famintos, das bestas ou no inferno.
Efeito ao escolher o Paraíso: Se houver controle, calma e clareza na decisão do alvo, sem mágoa ou agressividade, ele escapa ileso da técnica e tem seu cosmo e ferimentos regenerados. Caso contrário, ao retornar ao seu corpo, ele morre.


Palavras de Ativação: Rikudō Rinne!


Técnica IV

Nome: Tenbu Hōrin (Tesouro dos Céus)
Tipo: Derivada (necessita de Kunku para ser usada).
Descrição: Essa é a maior técnica dos cavaleiros de Virgem. O cosmo acumulado privando-se de um de seus sentidos explode quando ele o libera, criando uma técnica perfeita que une ataque e defesa, pois não dá chances de o adversário contra-atacar. Ao atingir o corpo do oponente, seu cosmo penetra pelos nervos do alvo, permeando-o completamente. Quando isso ocorre, Fá pode cortar a conexão dos nervos com o cérebro, privando assim o oponente de seus sentidos. Uma vez que o cosmo de Fá tenha penetrado no oponente, ele pode fazer uso da técnica repetidas vezes, até extrair todos os sentidos básicos. Abaixo, os sentidos e o efeito quando Fá os tira.

Shiri (Visão): Capacidade de enxergar e permite aos seres vivos dotados de órgãos especiais melhorarem sua percepção sobre o ambiente ao redor. Sem visão, o oponente torna-se incapaz de ver o ambiente, além de ser impossibilitado de captar qualquer coisa que só seria possível visualmente, sofrendo de fortíssimas dores de cabeça na região frontal e traseira do crânio.

Ting (Audição): Capacidade de ouvir os sons até uma determinada distância, dependendo de sua intensidade ou nível da pressão sonora. Sem audição, além de não ouvir, o alvo da técnica perde o equilíbrio, noção de espaço e de pressão, sofrendo de tontura, labirintite e fortes enjoos, que dificultam na locomoção do alvo.

Wen (Olfato): Capacidade de captar odores através do sistema olfativo. Quando Fá retira a capacidade do olfato, o alvo, além de ficar anósmico (perder o olfato), sofre de desorientação e não consegue respirar, sentindo fortes dores de cabeça, náuseas, tontura até finalmente asfixiar.

Wei (Paladar): Capacidade de reconhecer os gostos de substâncias colocadas sobre a língua. Não está relacionada somente a isto, como também a capacidade de fala do indivíduo. Ao perder este sentido, o alvo sente sua garganta seca, não consegue dizer nada e nem projetar a voz, sentindo sensação de estrangulamento sempre que tenta dizer algo. Além disso, torna-se difícil engolir qualquer coisa, incluindo saliva, o que pode causar um afogamento no oponente.

Mō (Tato): Capacidade de sentir texturas e superfícies. Embora associado geralmente com a pele, ele é subdivido em sistema somato-sensorial (identificação de texturas), propriocepção ou sinestesia (reconhecimento da localização espacial do corpo), termocepção (noção de temperatura) e nocicepção (percepção da dor). Ao ter este sentido retirado, todo o restante da estrutura que sustenta o alvo se vai. Sua cabeça parece mais pesada e é difícil mantê-la erguida. O sistema somato-sensorial se esvai, assim como a sinestesia e a termocepção, deixando o alvo apenas com a nocicepção, que é ampliada a graus absurdos, fazendo com que o alvo tenha dores excruciantes por todo o corpo pelo mero toque de suas vestes.

Ao término de todos os golpes, a influência do cosmo de Fá deixa o corpo do oponente. Esta técnica pode abranger apenas um dos sentidos e pode ser cancelada pelo monge, fazendo assim com que o sentido volte a funcionar normalmente.


Palavras de Ativação: Tenbu Hōrin! E as demais, dependendo do sentido retirado: Shiri! Ting! Wen! Wei! Mō!

Técnica V

Nome: Kami no Shōten! (Ascensão Divina!).
Tipo: Básica (se usada normalmente) ou Derivada - necessita de Ohm e Kunku para ser usada – (se usada como contragolpe).
Descrição: Assim como muitos dos monges budistas, Fá treinou em um monastério, vivendo uma vida simples e regrada. Mas graças a isso, ele desenvolveu uma técnica com sua cosmo-energia, letal para aqueles que possuem agressividade.

Em sua religião, existe o nobre caminho óctuplo, também conhecido como a Quarta Nobre Verdade do Buda. Este é o caminho para o fim do sofrimento. Tem oito seções, cada uma começando com as palavras corretamente e devidamente. O caminho óctuplo segue oito preceitos, que são os seguintes:

1º: Ver a realidade como ela é, não apenas como parece ser.

2º: A intenção de renúncia, de liberdade e inocuidade.

3º: Falar de uma maneira verdadeira e não ofensiva.

4º: Agir de uma maneira não prejudicial.
5º: Seguir o meio de vida com os preceitos citados anteriormente.

6º: Fazer esforço contínuo para melhorar.

7º: Ver as coisas como elas estão com a consciência clara da realidade presente dentro de si mesmo, sem desejo ou aversão.

8º: Meditar ou concentrar-se de maneira correta.

Esta prática do Caminho Óctuplo é compreendida de duas maneiras: desenvolvimento simultâneo dos oito itens paralelamente, ou como uma série progressiva pela qual o praticante se move alcançando cada um deles por vez.

Com base nesta filosofia, Fá criou uma técnica que permite que ele e o seu oponente partilhem do Caminho Óctuplo por um curto espaço de tempo. Para a técnica existem duas variantes, cada uma baseada em quatro dos oito preceitos.


Primeira Variante:

- Mais fraca. Nesta versão da técnica, Fá precisa fazer contato físico com seu oponente. Ele aplica um golpe com a mão espalmada na região do tórax e ou abdome de seu adversário e envia um forte pulso de cosmo-energia corpo adentro do alvo, fazendo com que ele e o alvo entrem em sintonia.

Com esta vibração e sintonia forçadas, Fá obriga o oponente a partilhar de seus ideais de privação e contemplação (ou os ideais ímpares da tabela), fazendo com que o oponente fique paralisado sentindo as necessidades e privações de Buda. O ponto fraco desta técnica é que o Cavaleiro de Virgem também não pode se mover, tendo que ficar preso ao mantra para obrigar o inimigo a manter-se paralisado. Se a vontade do oponente for maior que a de Fá, a técnica é anulada.


Segunda Variante.

- Mais poderosa. Nesta versão da técnica, o Cavaleiro de Virgem precisa ser acertado pelo cosmo do inimigo, seja em forma de contato físico, seja em forma de algum golpe cosmo energético. Da mesma forma que na versão anterior, Fá envia um forte pulso de cosmo-energia em direção ao golpe do alvo, e faz com que ele e o alvo entrem em sintonia forçada.

Neste momento, Fá visualiza a técnica do oponente no Dharma (mundo espiritual budista) por segundos e aceita-a, mesclando sua cosmo-energia à mesma. Entendendo como a técnica funciona, Fá medita e replica o ataque, lançando-o da mesma forma no oponente. O aspecto desta variante são os de concentração, foco e meditação (ou os ideais pares da tabela). O resultado é que Fá recebe todo dano da técnica, com todos os efeitos que ela possa vir a causar, e todas as penalidades que ela venha a oferecer, porém, logo após ser acertado, consegue replicar o golpe com igual potência, mandando uma versão do golpe do oponente contra ele mesmo, embebida de seu próprio cosmo. Normalmente, Fá só usa esta técnica em último caso, quando ele e o oponente estão feridos e o próximo golpe pode ser letal.


Palavra de Ativação para Primeira Variante: Shōten!
Palavras de Ativação para Segunda Variante: Kami no Shōten!
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